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Ácido Mandélico
O Ácido Mandélico é um Alfa-Hidroxiácido (AHA) diferenciado por seu elevado peso molecular. Essa estrutura molecular garante uma penetração mais lenta e gradual na epiderme, promovendo uma renovação celular eficaz com alta tolerabilidade. Sua ação é indicada para o cuidado da pele com tendência à acne e para a melhora significativa da aparência de hiperpigmentações (manchas), com menor potencial irritativo, ideal para peles reativas e sensíveis.
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Ácido Mandélico: Eficácia Renovadora com Alta Tolerabilidade
Por Dr. Maurizio Pupo, CRF-SP 13.328 Farmacêutico Especialista e Professor de Cosmetologia
O Ácido Mandélico é um Alfa-Hidroxiácido (AHA) de destaque na cosmetologia moderna, derivado da hidrólise do extrato de amêndoas amargas. Sua ascensão no panteão dos ativos dermatológicos se due a uma característica estrutural única: seu elevado peso molecular. Comparado a outros AHAs, como o Ácido Glicólico, sua molécula maior resulta em uma penetração mais lenta e uniforme na epiderme, o que se traduz em uma ação renovadora eficaz, porém com um potencial de irritação significativamente menor.
Mecanismo de Ação Duplo: Renovação e Purificação
A eficácia do Ácido Mandélico é atribuída a um mecanismo de ação duplo, que o torna particularmente versátil:
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Esfoliação Química Suave: Como outros AHAs, o Ácido Mandélico age enfraquecendo as ligações entre os corneócitos (células da camada superficial da pele), promovendo uma descamação suave e acelerando o turnover celular. Essa ação ajuda a refinar a textura da pele, desobstruir poros superficialmente e melhorar a luminosidade geral sem a agressividade de ácidos de menor peso molecular (Taylor, 1999).
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Ação Antibacteriana: Uma propriedade que o diferencia é sua comprovada atividade antibacteriana. Sua estrutura química lhe confere a capacidade de auxiliar no controle da proliferação de microrganismos na pele, como o Cutibacterium acnes, bactéria intimamente associada ao desenvolvimento da acne inflamatória.
Benefícios Dermatológicos e Indicações Específicas: A Vantagem da Gentileza
Essa combinação de renovação suave com ação purificante torna o Ácido Mandélico uma escolha de eleição para o cuidado de peles que historicamente não toleram outros esfoliantes químicos:
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Peles Sensíveis e Reativas: É frequentemente o AHA mais indicado para quem busca os benefícios da esfoliação química sem o risco de vermelhidão e sensibilidade.
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Pele com Tendência à Acne: Sua dupla ação o torna ideal para o cuidado da acne inflamatória (pápulas e pústulas) e comedoniana, auxiliando tanto na desobstrução quanto no controle do componente bacteriano.
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Hiperpigmentação e Fototipos Altos: É especialmente valorizado para a melhora da aparência de hiperpigmentação pós-inflamatória (marcas escuras de acne) e no cuidado de peles com fototipos mais altos (peles negras). Seu menor potencial irritativo reduz significativamente o risco de causar mais manchas, um efeito adverso comum com outros ácidos nestes tipos de pele (Sarkar et al., 2016).
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Pós-Procedimentos: Devido à sua gentileza, é por vezes utilizado sob recomendação profissional para a manutenção de resultados após procedimentos dermatológicos.
Eficácia Clínica e Sinergia com Outros Ativos
Estudos clínicos comparativos demonstram que peelings de Ácido Mandélico são eficazes e mais bem tolerados que os de Ácido Glicólico no cuidado da pele com acne e manchas, apresentando menos efeitos adversos (Garg et al., 2009). Sua estabilidade e versatilidade permitem que seja formulado em sinergia com outros ingredientes para potencializar os resultados:
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Ácido Salicílico: Uma combinação poderosa para o cuidado da acne, onde o Mandélico atua na superfície e na inflamação, enquanto o Salicílico penetra no ambiente oleoso do poro para uma desobstrução mais profunda.
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Niacinamida: Potencializa o efeito calmante e seborregulador, além de fortalecer a barreira cutânea.
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Alfa Arbutin: Juntos, formam uma dupla eficaz para a melhora da aparência de hiperpigmentações, atuando por vias distintas.
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Vitamina C: Para uma rotina completa, a Vitamina C pode ser usada pela manhã (ação antioxidante) e o Ácido Mandélico à noite (ação renovadora).
Em conclusão, o Ácido Mandélico se estabelece na dermatologia como uma solução inteligente e segura, oferecendo os benefícios de renovação celular e clareamento da pele de um AHA clássico, mas com a vantagem crucial da alta tolerabilidade, ampliando as possibilidades de cuidado para todos os tipos de pele.
Referências Científicas
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Taylor, M. B. (1999). Summary of mandelic acid for the improvement of skin conditions. Cosmetic Dermatology, 12(6), 26-28.
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Garg, V. K., Sinha, S., & Sarkar, R. (2009). Glycolic acid peels versus salicylic-mandelic acid peels in active acne vulgaris and post-acne scarring and hyperpigmentation: a comparative study. Dermatologic Surgery, 35(1), 59-65. (PMID: 19018825)
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Sarkar, R., et al. (2016). Comparative Study of 35% Glycolic Acid, 20% Salicylic–10% Mandelic Acid, and Phytic Acid Combination Peels in the Treatment of Active Acne and Postacne Pigmentation. Journal of Cutaneous and Aesthetic Surgery, 9(3), 158–163. (PMID: 27761098)
Wójcik, A., Kubiak, M., & Rotsztejn, H. (2013). Influence of mandelic acid on biophysical parameters of the skin. Postepy dermatologii i alergologii, 30(3), 140–145. (PMID: 24278065)